I. LIDERANÇA CRISTÃ
“Liderança Cristã é a liderança exercida pelo cristão”.
Há muitas passagens nas Sagradas Escrituras que ressaltam esse tipo de liderança.
Por exemplo:

a)    Em 1 Tessalonicenses 5.12: “...que; presidem sobre vós no Senhor...”.
b)    Em 1 Timóteo 5.17: os presbíteros que governam bem...”.       
c)    Em 1 Timóteo 3.4: “... que governe bem a sua própria casa...”.
d)    Em 1 Timóteo 3.12: “E governem bem a seus filhos e a suas próprias casas”.

Os principais livros da Bíblia sobre Liderança Cristã são Êxodo, Números, Josué, 2 Samuel, 1 Crônicas, Neemias, Provérbios, Mateus, Filipenses, 1 e 2 Timóteo, Tito e Filemom. [1]

1. A PLURALIDADE DA LIDERANÇA.

É ensinado em Êxodo 18.13-26, quando Jetro instruiu seu genro, Moisés; num dos exemplos mais notáveis do Antigo Testamento. Em Atos 11.30; 15.4 e 20.17 veem um ministério colegiado.

Sendo a Igreja de Jesus Cristo, Ele exerce como cabeça, o governo através de homens que Ele mesmo capacita e que são reconhecidos pela Igreja como líderes espirituais e cheios do Espírito Santo (At 20.28; 1 Pe 5.1-4).

No Novo Testamento encontramos vários exemplos de pluralidade na liderança da Igreja, pois ela é o princípio fundamental para sustentar o equilíbrio, a harmonia e o crescimento da Igreja local:

» Antioquia (At 13.1,2; 14.21, 23);
» Creta (Tt 1.5);
» Derbe (At 14.20,21);
» Éfeso (Ef4.11);
» Filipos (Fp 1.1);
» Hebreus (Hb 13.7,17);
» Icônia (At 14.21,23);
» Jerusalém (At 11.27; 15.4, 6,22);
» Listra (At 14.21,23).

2. A UNIDADE DA LIDERANÇA.

Assim como a multiplicidade de membros de nosso corpo forma uma unidade, o mesmo sucede com o corpo de Cristo: não há acepção de pessoas. O Espírito Santo une em um só corpo (1 Co 12.12-27). E como um corpo, embora de muitos membros, não pode agir com base em divisões entre maiorias e minorias.

O Novo Testamento descreve a Igreja como a "à universal assembleia e Igreja dos primogênitos" (Hb 12.23). Convocada por Jesus Cristo, para cumprir seu propósito aqui na terra e comprometida com um procedimento caracterizado pela:
• Unidade do Espírito (Ef 4.3);
• Mutualidade no serviço - membro servir a outro usando os dons do Espírito Santo (1 Co 12.24-27; 1 Pe 4.10).
Unanimidade em:
» Coração e alma (At 4.32);
» Oração (At 1.14; 4.24);
» Reuniões (At 2.46);
» Sentir (Rm 15.5,6);
» Pensar (Fp 2.2; 4.2; 3.15; 1 Pe 4.1);
» Falar (1 Co 1.10);
» Decidir (At 1.26; Tt 1.5; At 13.1-3).


3. FUNDAMENTO BÍBLICO DA LIDERANÇA CRISTÃ.

Vejamos passagens bíblicas que apresentam princípios relevantes de liderança.

Ø  Em Marcos 10.44, Jesus fala a todo aquele que “dentre vós quiser ser o primeiro”.
Ø  Em Êxodo 18.21,25, lemos acerca de líderes sobre contingentes do povo.
Ø  Em 1 Samuel 12.2, aprendemos que o líder autêntico sabe como fazer e por isso vai à frente.
Ø  Em João 10.4, aprendemos que “o bom pastor vai à frente de suas ovelhas”.
Ø  Em 2 Samuel 5.2, o Senhor disse a Davi: “Tu serás chefe sobre Israel”. “Chefe” aí é literalmente líder.
Ø  Veja também Salmos 78.70-72; a expressão “... e os guiou...” do versículo 72 é literalmente “e os liderou”.
Ø  Em Marcos 9.33-35, encontramos os discípulos contendendo sobre “quem era o maior”, ou seja, o líder. Atentemos para a resposta de Jesus (Mc 9.35-37).

Deus utiliza seres humanos como seu método. Assim aconteceu com Moisés, com Josué e com os apóstolos.

Um líder tem limitações, e Moisés reconhecia as suas próprias (Êx 4.10), mas no seu aprendizado verificou a importância de delegar (Êx 18.27). Como parte do seu aprendizado, foi humilde bastante, a ponto de atender conselhos que lhe foram dados. Desse modo, treinou os líderes escolhidos dentre critérios bem determinados: que fossem capazes, tementes a Deus, pessoas de palavra e não avarentos (Êx 18.20,21).

Josué é outro exemplo. Homem submisso à vontade de Deus (Js 6.2), hábil na distribuição de tarefas (Js 6.6,7), e em dar ordens claras (Js 6.10).

Quanto à liderança espiritual e à preparação de outros líderes da Igreja apostólica, há de ser lembrada a palavra de Paulo em 2 Timóteo 2.2: "e o que de mim ouviste diante de muitas testemunhas, transmite-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros".


II. DEFINIÇÕES PRÁTICAS DO QUE É LIDERANÇA

Se pudéssemos perguntar para Neemias o que é liderança, certamente ele nos responderia: “Liderar é saber planejar, integrar, motivar, avaliar e estabelecer alvos”, pois, foi o que ele fez quando gerenciou o projeto de reconstrução dos muros de Jerusalém.

Para ser sincero, liderança não é uma coisa fácil de ser aprendida, mas por que vale tanto a pena? Afinal, ainda que se tornar um líder melhor gere benefícios, também exige grande esforço. A liderança requer muito das pessoas que desejam desenvolvê-la. É exigente e complexa.

Entenda o que estou querendo dizer:
♦ Liderança é a disposição de assumir riscos.
♦ Liderança é o desejo apaixonado de fazer diferença.
♦ Liderança é se sentir incomodado com a realidade.
♦ Liderança é assumir responsabilidades enquanto outros inventam justificativas.
♦ Liderança é enxergar as possibilidades de uma situação enquanto outros só conseguem ver as dificuldades.
♦ Liderança é a disposição de se destacar no meio da multidão.
♦ Liderança é abrir a mente e o coração.
♦ Liderança é a capacidade de subjugar o ego em benefício daquilo que é melhor.
♦ Liderança é evocar em quem nos ouve a capacidade de sonhar.
♦ Liderança é inspirar outras pessoas com uma visão clara da contribuição que elas podem oferecer.
♦ Liderança é o poder de potencializar muitas vidas.
♦ Liderança é falar com o coração ao coração dos liderados.
♦ Liderança é a integração do coração, da mente e da alma.
♦ Liderança é a capacidade de se importar com os outros e, ao fazer isso, liberar as ideias, a energia e a capacidade dessas pessoas.
♦ Liderança é o sonho transformado em realidade.
♦Liderança é, acima de tudo, coragem.



III. CONCEITOS ERRADOS SOBRE LIDERANÇA

As pessoas têm muitos conceitos equivocados e mitos sobre líderes e liderança. Eis os cinco mais comuns:

1 — O mito do gerenciamento
Uma confusão comum é a de que liderança e gerenciamento são a mesma coisa. Até poucos anos atrás, livros que afirmavam ser sobre liderança, na verdade eram, com frequência, sobre gerenciamento.

A principal diferença é que liderança diz respeito a influenciar pessoas para que o sigam, enquanto gerenciamento se refere à concentração na manutenção de sistemas e processos.

A melhor forma de verificar se uma pessoa pode liderar, em vez de apenas gerenciar, é pedir que ela crie uma mudança positiva. Gerentes podem manter um rumo, mas, via de regra, não conseguem mudá-lo. Sistemas e processos também não conseguem isso. Para colocar as pessoas em uma nova direção, você precisa de influência.

2 — O mito do empreendedor
As pessoas, muitas vezes, supõem que todos os empreendedores são líderes. Mas nem sempre é assim. Os empreendedores são hábeis em identificar oportunidades e aproveitá-las. Eles identificam necessidades e compreendem como atendê-las de um modo que gere lucro. Mas nem todos eles são bons no trato com as pessoas. Muitos descobrem a necessidade de se associar com alguém habilidoso na parcela referente ao trato com as pessoas da equação. Se eles não conseguem influenciar pessoas, então não conseguem liderar.

3 — O mito do conhecimento
Sir Francis Bacon afirmou: “Conhecimento é poder.” Se você acredita que o poder é a essência da liderança, talvez, então suponha, naturalmente, que aqueles que têm conhecimento e inteligência são, por conseguinte, líderes. Isso não é necessariamente verdade. Você pode ir a qualquer grande universidade e conhecer brilhantes cientistas, pesquisadores e filósofos cuja capacidade de pensar é tão alta que está fora dos parâmetros normais, mas cuja capacidade de liderar é tão baixa que sequer chega a ser visualizada nos parâmetros. Nem QI nem escolaridade necessariamente equivalem a liderança.

4 — O mito do pioneiro
Outro equívoco é o de que qualquer um que esteja à frente da multidão é um líder. Mas ser o primeiro nem sempre é o mesmo que liderar.

Para ser líder, a pessoa precisa não apenas estar na frente, mas também ter pessoas, por livre e espontânea vontade, indo atrás dela, seguindo sua liderança e agindo a partir de sua visão. Definir tendências não é o mesmo que liderar.

5 — O mito da posição
O grande mal-entendido em relação à liderança é que as pessoas a consideram baseada na posição, mas não é.

Stanley Huffty afirmou: “Não é a posição que faz o líder; é o líder que faz a posição”.

Para identificar um verdadeiro líder, a tarefa pode ser muito mais fácil. Não dê atenção às alegações da pessoa de que ela é o líder. Não estude suas credenciais. Não confira seu título. Confira sua influência. A prova da influência está nos seguidores.

IV. A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA
A liderança é necessária em qualquer empreendimento coletivo. A igreja não é uma exceção. O líder da igreja é, em última instância, o Senhor Jesus. Ele é a cabeça da igreja (Ef 1.20, 23). Entretanto, os homens ainda precisam de líderes visíveis; precisam de modelos humanos e direção humana, uma vez que nem sempre estão aptos a ouvir a ordem direta de Deus.  Por isso, Deus instituiu ministérios na    igreja.

1. LÍDER CRISTÃO:
Vejamos algumas definições para “líder cristão”.

ü  É todo indivíduo que, graças à sua personalidade, dirige um grupo social com a participação espontânea dos seus membros.
ü  Líder Cristão é a pessoa que Deus escolhe, capacita, e dirige para administrar a sua obra, ou seja, igrejas e suas instituições e atividades (Lc 19.13; Jz 6).
ü  Líder cristão é o obreiro do Senhor como dirigente, administrador, condutor de pessoas, responsável, guia e mentor. O líder precisa saber que ele não é um “operador de máquinas”. Não! Os homens não são máquinas! Muitos líderes complicam-se aqui.

2. FOCOS DO LÍDER

1)      PESSOAS: elas são o alvo da liderança. Não se lidera coisas, lidera-se pessoas!

2)      OBJETIVO: Sem objetivo, o grupo se perde, o líder não sabe para onde liderar seu grupo. Exemplo: Escola Dominical - objetivo: levar almas ao conhecimento de Jesus, através do ensino da Bíblia.

3. TIPOS DE LÍDERES

3.1. Autocrático: decide tudo sozinho. Não dá espaço para novos líderes. Exigente. Foco nos "resultados" e não nas pessoas.

3.2. Líder autêntico (ou democrático) — Esse é primeiramente líder e depois, chefe. Ele lidera pela capacidade, pelas qualidades de liderança, pelo respeito, pela influência, pela sua história. Preocupa-se com a cooperação do grupo e com o seu bem-estar. Usa a correta persuasão e não a coação, nem a intimidação junto ao povo, aos liderados.

3.3. Volúvel: vai de acordo com a "onda". Muda o objetivo de acordo com "as novidades".

3.4. Detalhista: perde-se em detalhes e perfeccionismos. Preocupa-se mais com os métodos que o objetivo.

3.5. Responsável: assume a responsabilidade da liderança, motivando o grupo a atingir o objetivo. Trabalha com foco nas pessoas sem perder de vista o objetivo.

A diferença entre o chefe, o ditador e o líder autêntico - O chefe berra: “Faça!”; o ditador diz gritando: “Faça agora, senão...”; o líder autêntico diz calmamente: “Façamos juntos”. [2]

4. TÉCNICAS DO BOM LÍDER:

1.       COMUNICAR: informar de maneira clara, direta e simples. Transmitir a visão da necessidade de conseguir o objetivo.

2.       DELEGAR: acionar os recursos dos seus liderados ("dons") na direção do objetivo. Organizar tarefas e funções. Formar equipes.

3.       INOVAR: aceitar mudanças e novas ideias. A única coisa que o bom líder não cede é quanto ao objetivo. No caso do líder cristão, não cede quanto á doutrina bíblica.

4.       MOTIVAR: incentivar novas lideranças. Elogiar. Estimular a participação dos liderados nos processos que levam ao objetivo final. Ser exemplo de conduta.

5.       PLANEJAR: ter uma visão de longo prazo, definindo prioridades. Treinar as lideranças. Adotar metodologias compatíveis com os objetivos.

5. MELHORANDO A SUA LIDERANÇA

Para que o líder (isso vale principalmente para aquele que dirige uma congregação) descobrir como está se saindo em sua forma de lidar com os seus subordinados, é necessário dar aos seus subordinados a oportunidade de avaliá-lo.
Vejamos dois exemplos de como isso pode ser feito.

1. Criando um comitê anônimo.
É um pequeno comité de duas ou três pessoas, encarregado de receber as queixas anônimas dos seus liderados. Desta forma, as pessoas podem revelar a existência de problemas de uma maneira segura, sem dar impressão à liderança de que estão se queixando.

2. Criando a caixa de sugestões.
Este velho recurso é eficaz ainda que pouco usados pelos líderes. Por quê? Alguns líderes têm uma opinião tão elevada de sua própria sabedoria que não veem a necessidade de sugestões de ninguém. Estes são os que mais necessitam de uma caixa de sugestões no escritório. A caixa pode ser muito útil para revelar a existência de problemas com os quais o líder pode tratar.

Objetivo
Ajudará o líder a se manter em contato com a realidade. E se você for um líder sábio buscará melhorar a sua maneira de liderar, de acordo com as informações colhidas a seu respeito através do comitê anônimo e da caixa de sugestões.

6. AS 10 BEM AVENTURANÇAS DE UM LÍDER

1.       Bem aventurado o líder que não busca posições elevadas, mas que foi convocado ao serviço pela sua habilidade e disposição de servir.
2.       Bem aventurado o líder que sabe para onde está indo e como chegar lá.
3.       Bem aventurado o líder que não fica desencorajado e que não apresenta alegações para isto.
4.       Bem aventurado o líder que sabe liderar sem ser ditador. Os verdadeiros líderes são humildes.
5.       Bem aventurado o líder que busca o melhor para os seus liderados.
6.       Bem aventurado o líder que lidera conforme o bem da maioria e não segundo a gratificação pessoal de suas próprias ideias.
7.       Bem aventurado o líder que desenvolve líderes ao liderar.
8.       Bem aventurado o líder que marcha com o grupo, interpretando corretamente os sinais do caminho que conduzem ao sucesso.
9.       Bem aventurado o líder que tem a sua cabeça nas nuvens, mas os seus pés na terra.
10.     Bem aventurado o líder que considera a liderança como uma oportunidade de servir.

V. A LIDERANÇA FUNDAMENTADA NO CARÁTER CRISTÃO

1. É uma liderança que agrada a Deus.
O modelo bíblico de liderança é aquele centralizado no caráter. Elementos do caráter cristão como o temor de Deus, a coragem, a virtude, o altruísmo, a honestidade, etc., são postos em relevo. As técnicas mudam, mas os princípios do caráter não. Uma equipe de trabalho com esses fundamentos será bem-sucedida. A sabedoria é um fator de sucesso na liderança, pois o "temor do SENHOR é o princípio da sabedoria" (Sl 111.10).

O sucesso da admirável liderança de Davi veio dos princípios bíblicos observados por ele. Basta, por exemplo, lermos algumas passagens bíblicas para chegarmos a essa conclusão. Como não nos dobrarmos diante do senso de justiça de Davi quando estipulou a lei da partilha (1 Sm 30.24)? Somente um homem com uma noção exata de valores aprovados por Deus podia tomar uma atitude assim.

2. Não é uma liderança à parte de Deus.
O antecessor de Davi exerceu uma liderança à parte de Deus. Em vez de esperar com "paciência no Senhor" (Sl 40.1), assim como Davi, Saul era demasiadamente precipitado. Na realidade, a liderança de Saul refletia simplesmente o seu caráter (1 Sm 15.1-35), pois ele não conseguia enxergar-se como dependente da direção divina.

VI. DAVI E SUA EQUIPE
A expressão “Davi e seus homens” aparece por diversas vezes nos livros de Samuel (1 Sm 18.27; 24.2; 25.13; 2 Sm 5.6,21; 15.14; 16.13). Todas estas passagens mostram que tal expressão pode perfeitamente ser lida como "Davi e sua equipe". De fato, Davi possuía mais do que um grupo, ele tinha uma equipe coesa, harmônica, íntegra e submissa.

1. A equipe de Davi.
A equipe de Davi era unânime, irmanada, vinculada, integrada e ainda contava com heróis individuais, os chamados "valentes de Davi" (2 Sm 23.8). De acordo com a Escritura, nessa equipe bem treinada "o menor valia por cem homens, e o maior, por mil" (1 Cr 12.14 - ARA). Era uma equipe em ação com um objetivo comum, dado por Deus, e não um aglomerado de homens sem um alvo específico na vida. Na autêntica liderança, cada membro da equipe é de alto valor para o seu líder.

Em 2 Samuel 23.14-17 e 1 Crônicas 11.16-19, fica evidente que isso era uma realidade na vida de Davi. Nessa ocasião, ele teve sede e desejou beber da boa água da cisterna de Belém, que estava em poder dos inimigos filisteus. Davi, ao saber que os seus homens haviam se arriscado para obtê-la, rejeitou a água e ficou com sede. Isso é que é empatia! Tal atitude só pode vir de quem não trata os membros de sua equipe como máquinas, objetos, mas como gente de carne e osso e, portanto, digna de amor, respeito e apreciação. É uma obrigação cristã reconhecer o valor das pessoas e não tratá-las como objetos descartáveis, a serviço de nossos interesses.

2. A força do exemplo do líder.
Liderança se faz com exemplo. Por que o povo de Israel se rendia à liderança de Davi? A Escritura registra: "Porém todo o Israel e Judá amavam Davi, porquanto saía e entrava diante deles" (1 Sm 18.16). Davi liderava pelo seu exemplo vinculado ao amor e ao altruísmo.
Sem dúvida Davi foi um líder talentoso, no entanto, muito mais do que talento, Davi amava a Deus e cuidava do seu caráter. Ele, em suas fraquezas, descuidos e tentações, cometeu pecados, como é claramente mostrado nas Escrituras, mas venceu pela sua fé e devoção a Deus. Ele era um servo do Senhor disposto a se retratar, a valorizar o outro e a liderar pelo seu exemplo. Pela providência divina e por seus princípios de liderança fundamentados no caráter íntegro, Davi formou uma equipe de trabalho vitoriosa.



VII. PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA QUE SUA LIDERANÇA SEJA BEM-SUCEDIDA
Vejamos nove princípios de liderança, os quais foram abordados pelo saudoso pastor Antonio Gilberto [3]:
1) Deus suscita líderes — As Sagradas Escrituras afirmam que Deus levanta líderes. Um exemplo dentre tantos é Davi (2 Sm 7.8). Por outro lado, Deus também encosta e abate líderes (1 Co 9.27).
2) O líder precisa saber que ele não é indispensável na obra de Deus - Isso que dizer que se o líder se for, a obra de Deus não vai parar por causa dele. Por isso, o líder não pode pensar quer ele pode fazer tudo sozinho na obra de Deus.
3) Busque a Deus antes de qualquer decisão final ligada à obra de Deus — Deve-se buscar a Deus até Ele responder.
4) Consulte companheiros - Consulte líderes auxiliares, líderes antigos e pessoas confiáveis, idôneas, espirituais, inclusive as que viveram situações idênticas às que você venha a encontrar.
5) Saiba que a solução de um problema, de um caso, pode ter dois lados — A solução de um problema pode ter dois lados: o lado das vantagens e o lado das desvantagens. Veja esses dois lados antes de tratar do problema, de um caso ou de uma situação.
6) Saiba que Deus fala de muitas maneiras - Lembre-se que Deus não fala somente da maneira que você está acostumado a ouvi-lo. Ele é soberano e fala como quer.
7) O pastor torna-se líder porque antes já era pastor; ele não é pastor porque é líder - Não existe o dom ministerial de líder. Nem todo líder cristão é obreiro só pelo fato de ser líder. Esse não deve se intrometer no ministério, a menos que Deus o chame.
8) Quanto ao seu temperamento, o líder precisa identificá-lo, conhecê-lo, e controlá-lo — Do contrário, o líder viverá desculpando-se de mau comportamento, dizendo “Eu sou assim mesmo”!
9) Com sabedoria divina, o líder precisa equilibrar, o uso do seu coração c o uso de sua razão à frente da obra de Deus - Lembremo-nos do incidente de Samuel, registrado em 1 Samuel 16.1 e 15.35. O líder precisa ser “bom” e “justo” (SI 25.8).
Fonte: Matéria “Liderança Cristã” – Escola Bíblica ECB



[1] Jornal Mensageiro da Paz, Fevereiro de 2009 - Pr. Antonio Gilberto
[2] Jornal Mensageiro da Paz, Março de 2009 – Pr. Antonio Gilberto
[3] Jornal Mensageiro da Paz, Junho de 2009